Autor: Marguerite YourcenarEditora: Dom Quixote
ISBN: 978-972-20-3760-0
Páginas: 352
Dimensões: 15,5 x 23,5 cm
Colecção: Ficção Universal
Ano de Edição: 2009
Encadernação: Brochado
A Obra ao Negro é a história de uma dissolução: a da ordem de valores que a Idade Média chegou a admitir como incontestáveis, mas que, mercê de quase imperceptíveis alterações, acabaram por perder o seu sentido, abrindo-se à metamorfose.
Uma personagem, Zenão, concentra em si o desejo de mudança, a vontade de alcançar, num mundo conturbado por conflitos vários, a liberdade de pensar e conceber.
E só um grande escritor poderia acompanhar, de forma simultaneamente tão minuciosa e bela, os contornos dessa personalidade, ao longo do doloroso caminho que a leva a enfrentar e a assumir a própria morte. Acaso se verificará então, nesse decisivo instante, uma das máximas possibilidades da Grande Obra alquímica, o opus nigrum, a tentativa de calcinar as formas para permitir a erupção de novo.
Sobre a autora:
O seu primeiro grande sucesso foi obtido em 1929 com Golpe de Misericórdia, adaptado ao cinema, em 1974, pelo cineasta alemão Volker Schlondorff.
No início dos anos 50 publica aquele que será reconhecido como um dos seus livros fundamentais: Memórias de Adriano. A publicação, em 1968, de A Obra ao Negro, galardoado com o Prémio Fémina por unanimidade, e considerado uma obra-prima, consagra-a definitivamente.
Membro da Academia Francesa, onde sucedeu a Roger Caillois, Yourcenar viveu os seus últimos anos retirada numa ilha na costa Leste dos Estados Unidos. Faleceu em 1987.
CRÍTICA FEITA POR FÁTIMA RODRIGUES:
Trata-se de uma obra de uma enorme intensidade psicológica, com personagens extremamente ricas. Aqui vê-se o drama de um homem que nasceu antes do seu tempo, de um homem que simplesmente teve a grande qualidade de conseguir pôr em causa, de procurar respostas, de ter a coragem de levantar perguntas complicadas. Passa-se no século XVI, mas em alguns aspectos parece-me tão actual.
Marcadores: CRÍTICAS
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